logo-TIM - CópiaNo final de novembro, a Tim, multinacional da área de telecomunicações, foi condenada a pagar R$5 milhões de indenização para uma funcionária que era impedida de ir ao banheiro durante o horário de trabalho. A sentença é do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Paraná e o valor cresceu bastante em relações a sentenças anteriores, para tentar que a Tim mude este recorrente comportamento de maneira definitiva.

A situação analisada pelo TRT-PR é simbólica para mostrar que, apesar dos avanços na legislação trabalhista e dos “novos modelos de gestão”, a exploração permanece firme e forte em níveis próximos a de 200 anos atrás. E os maiores índices de exploração não estão em pequenas empresas, onde circula um pequeno volume de dinheiro e que por isso não tem condições de fornecer um bom ambiente de trabalho. Muito pelo contrário, são as grandes empresas e multinacionais as campeãs em desrespeito às leis trabalhistas e ao bom senso (sim, porque independente de lei trabalhista, certas questões poderiam ser classificadas no campo do bom senso).

Parece que o bom ambiente de trabalho é inversamente proporcional ao investimento e a qualidade da publicidade da empresa. A Tim, assim como outras multinacionais, investe parte importante de seu orçamento em publicidade, com lindos cenários e artistas famosos, que se mostra um “castelo de cartas” diante do ambiente concreto de trabalho das empresas. Se, na Tim, com sua bela propaganda, o assédio moral é forte, o que teremos na Ford, que contém elementos de assédio na propaganda da empresa?

Os lamentáveis acontecimentos dentro da Tim mostram que o “capitalismo humanizado” está se tornando, a cada dia, uma utopia mais distante do que a utopia socialista!