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Servidores da Saúde mobilizados contra o calote.

A notícia de que o prefeito Gustavo Fruet cumpriu, até metade de seu mandato, apenas 29% de suas promessas de campanha, acabou por chamar a atenção de muita gente. Afinal de contas, o atual prefeito foi eleito em oposição ao grupo político que havia dominado a prefeitura da capital por mais de 20 anos. Seria o momento de mostrar que é possível fazer diferente, que é possível fazer uma política sincera e que busca diminuir as desigualdades sociais.

Mas não é só com nas suas promessas de campanha que Fruet tem dado calote. Em alguns casos, acordos que já vinham da gestão anterior ou pontos que não estavam no seu programa de governo também não estão sendo cumpridos: no dia 22 de dezembro de 2014, no “apagar das luzes” do ano, no mesmo momento que o perfil de Facebook da Prefs “fazia isso e aquilo”, Gustavo Fruet editou um decreto suspendendo uma série de aumentos salariais e outros benefícios aos trabalhadores do município, alguns deles acordos oriundos da gestão anterior.

O decreto de Fruet suspendeu um aumento salarial de 5,38% nos pisos salariais dos servidores do SUS, além de prorrogar o pagamento de acordos que envolviam melhorias nos planos de carreira de pelo menos 3 categorias (dentistas, engenheiros e arquitetos). As justificativas são as de sempre: “crise econômica à vista”, “herança maldita”, “combate aos privilégios”.

Mas o fato é que Fruet deu um calote. Em 2 anos de mandato, poderia ter preparado melhor suas finanças para não precisar tomar esta medida extrema. E, vale registro, parte do calote é em cima de uma lei promulgada pelo próprio Fruet, em março de 2014.

Felizmente, os trabalhadores não caíram no discurso do prefeito, assim como tem feito diversos categorias profissionais que tem tomado calote (recentemente, as trabalhadoras terceirizadas da limpeza do HC/UFPR paralisaram suas atividades). Neste sábado, os trabalhadores da saúde municipal fazem uma manifestação a partir das 9h00, com concentração na Praça Santos Andrade. E, se nada for feito, a promessa é de greve a partir de 02 de fevereiro.

Até o momento, o ano de 2015 tem mostrado que ou os trabalhadores vão às lutas, ou teremos nossos direitos diminuídos ainda mais. O grande desafio, para os próximos meses, é constituir um espaço que possa aglutinar todos esses setores que estão em luta. O primeiro passo é prestar solidariedade e apoiar estes movimentos!