image (1) Na noite dessa quarta-feira (16), o candidato ao governo do Paraná pelo PSOL, Bernardo Pilotto (30), compareceu ao lançamento da Plataforma Eleições Limpas, na cidade de Ponta Grossa. Dentre os oito candidatos que disputam o cargo máximo do estado, somente Pilotto esteve presente no evento que foi organizado pelo Movimento de Combate a Corrupção Eleitoral (MCCE).

O principal objetivo da Plataforma é conscientizar candidatos e partidos para impedir o apoio financeiro de empresas nas campanhas eleitorais. O Projeto de Lei de Iniciativa Popular que será apresentado no Congresso Nacional pelo MCCE prevê que somente pessoas físicas devam doar e essas contribuições ficariam restritas a um teto de R$ 700,00. Candidatos que receberem recursos de pessoas jurídicas teriam o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassado e as empresas doadoras receberão multa em dez vezes o valor sobre o dinheiro doado. Além disso, elas ficariam de fora de contratos com o Poder Público durante cinco anos.

Além da mudança da forma de financiamento, a proposta das Eleições Limpas prevê mudanças na forma de eleição dos parlamentares. As eleições seriam realizadas em dois turnos, sendo que na primeira votação os eleitores votariam nos partidos e no segundo turno escolheriam quais candidatos seriam eleitos de cada partido (o primeiro turno definiria a quantidade de parlamentares a serem eleitos por cada partido). Para a disputa de quais seriam os parlamentares, os partidos teriam que apresentar listas paritárias de gênero.

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O presidente estadual do PSOL e candidato a deputado estadual, Leandro Dias (27), também esteve presente no lançamento da Plataforma. Para Dias, “a participação popular é uma das principais formas de garantir uma política transparente e sem corrupção”.

No evento, Pilotto lembrou que o estatuto do PSOL não permite que os candidatos recebam dinheiro de grandes empresários, empreiteiras e banqueiros. O resultado disso é o estilo de campanha adotada pelo PSOL: muito presente nas ruas e também nas redes sociais, de maneira militante e sem compra de votos. A realização de uma campanha sem esse tipo de doação também garante independência para a atuação política futura do partido.