14ª Conferência reuniu delegados de todo o Brasil

Janeiro de 2012: militantes da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde denunciam que o governo Dilma já havia, em janeiro, descumprido várias das deliberações que haviam sido aprovadas na 14ª Conferência Nacional de Saúde, que acontecera de 30 de novembro a 04 de dezembro de 2011.

Dezembro de 2012: militantes da mesma Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde denunciam que o mesmo governo Dilma continua descumprindo deliberações e resoluções do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Se em janeiro de 2012 o descumprimento se dava pelo simples ignorar daquilo que delegados de todo o país, representando usuários, trabalhadores e gestores, haviam decidido sobre os rumos da saúde brasileira, neste fim de ano (será fim do mundo?) o governo vem descumprindo resoluções de maneira ainda mais baixa: Alexandre Padilha, ministro da Saúde e presidente do Conselho Nacional de Saúde*, se nega a homologar e assinar diversas resoluções aprovadas pelo CNS.

As ações do governo na área de saúde fazem cair por terra qualquer ilusão de que, neste governo, apesar dos Sarney’s, do pagamento da dívida, da Copa do Mundo e da privatização dos aeroportos, haveria democracia e “conversa” com os movimentos sociais. O governo vem tratando o CNS como sua marionete. Apesar disso, muitos dos representantes dos trabalhadores e usuários resistem a isso não se dobrando ao Governo. Mas, como aquela criança que só deixa o futebol acontecer com a sua bola se for titular do time, o Governo se nega a cumprir aquilo que não é de seu gosto.

Nesta situação, é preciso fortalecer cada vez mais a Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, fórum que reúne trabalhadores e usuários de todo o Brasil e que se organiza de maneira democrática, através de fóruns de saúde municipais e estaduais. É desta forma que “ensinaremos” ao Governo o que é democracia e para que serve o controle social, seja ele feito dentro do CNS e demais conselhos ou nas mobilizações populares.