Nesta quarta-feira, aconteceu ato público em Ponta Grossa (PR) contra a corrupção e a privatização na saúde pública da cidade. O ato contou com a presença de cerca de 150 pessoas e chamou a atenção da população que passava por um movimentado Terminal Central em fim de tarde. No próximo dia 16 de fevereiro, acontece reunião para encaminhar a continuidade dessas mobilizações.

O estopim para a manifestação foi a recente denúncia de desvio de verbas da saúde na cidade, num montante que pode chegar a mais de R$1 milhão. O ex-prefeito Pedro Wosgrau (PSDB) foi indiciado pela Polícia Federal, junto com outros membros da gestão anterior da Prefeitura.

Porém, a manifestação mostrou que esse caso é só um estopim mesmo: foram vários os depoimentos sobre a dificuldade de acesso a saúde na cidade, feita por usuários do SUS que passavam pelo local e também por alguns Conselheiros Locais de Saúde que estiveram no local.

Outro ponto levantado foi a necessidade da Prefeitura voltar a ter controle pleno sobre a saúde da cidade. Para isso, é preciso reverter o processo de gestão pelas famigeradas Organizações Sociais (OS’s), desprivatizando o setor.

A manifestação contou com a presença de vários movimentos sociais, como entidades estudantis (DCE/UEPG e Centros Acadêmicos), sindicatos (SINDSERV-PG, Sindicato dos ComerciáriosSINTESPO e SINUTEF), movimentos populares (Pastoral do Mundo do Trabalho) e partidos políticos (PSOL e PCB). A Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde também marcou presença.

A população de Ponta Grossa pode ter certeza que a luta vai continuar e que os esforços para a garantia de uma saúde pública de verdade, com acesso universal, não serão em vão.