631090_147428O Senado Federal mostrou, hoje, dia 09 de julho, que o clamor das ruas por mais transparência na política ainda não entrou por lá. Em votação apertada, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 37/11, que acabava com o cargo de 2º suplente de senador e proibia que o suplente tivesse grau de parentesco com o senador, foi derrotada no plenário.

A proposta teve maioria de votos (46 votos a favor e 17 contrários) mas tal resultado não foi suficiente para sua aprovação, visto que as PEC’s precisam de 2/3 dos votos para serem aprovadas (no caso do Senado, são necessários 54 votos). Entre os senadores paranaenses, Roberto Requião (PMDB) votou contra, Alvaro Dias (PSDB) estava presente mas não registrou voto e Sergio Souza (PMDB), que se elegeu como suplente de Gleisi (PT), se absteve. Vale o registro do voto de Requião, contrário a verborragia que caracteriza suas ações.

Essa medida era um pequenino passo rumo à democratização do Senado, uma das casas políticas mais conservadoras do Brasil. Os suplentes são eleitos “sem-voto” e é comum que assumam o mandato de senadores que viram governadores e/ou ministros. Em muitos casos, o suplente tem ideologia política diversa do titular, configurando uma fraude eleitoral.

A decisão de ontem do Senado mostra que é preciso que as mobilizações continuem e que avance o debate para uma verdadeira reforma política.