Neste sábado, a Casa Amarela (Comitê de Campanha da Frente de Esquerda) recebeu uma visita diferente: a roda do Samba do Sindicatis, grupo que se reúne há cerca de 2 anos fazendo uma roda de samba digna deste nome. Depois de ficar mais uma vez “sem-teto”, o Samba do Sindicatis foi para o Largo da Ordem, ocupando a rua e mostrando que Curitiba não tem nada de “fria e reservada”.
Mas esse caminho até o Largo da Ordem não foi fácil. A cada novo local que a roda se instala, os agentes da Prefeitura e do poder público dão um jeito de impedir a realização do show. São pedidos de licenças, alvarás e outras documentações, que na prática inviabilizam a realização da roda de samba. Essa é a prática de uma Prefeitura que só aceita aquelas manifestações culturais que consegue tutelar e controlar; se algo surge de maneira espontânea, gratuita, na rua, lá vem o poder público para proibir ou até mesmo reprimir, como aconteceu no pré-carnaval do Largo no começo do ano de 2012.
O fato da Casa Amarela ter sido o novo “teto” para o Samba do Sindicatis tem um significado muito simbólico. Desde o começo da campanha eleitoral, a Frente de Esquerda (PSOL/PCB) tem afirmado que é preciso ocupar a cidade, que é necessário que os trabalhadores e a juventude se apropriem das ruas, dos parques, das praças da cidade. No jingle de Bruno Meirinho, candidato a prefeito, está lá bem marcado: “nós queremos carnaval no Largo, tome conta da cidade”. Ajudar o Samba do Sindicatis é uma ação concreta que caminha neste sentido.