Na última quarta-feira, estive visitando Toledo, na região Oeste do Paraná. Tive a oportunidade de ter contato, novamente, com o trabalho desenvolvido pela Associação dos Portadores de Lesão por Esforço Repetitivo (APLER) e verificar o quanto ainda precisamos avançar em termos de políticas para a saúde do trabalhador.
A APLER aglutina trabalhadores que foram lesionados em seus trabalhos e que precisam se organizar para lutar seus direitos perante as empresas e no INSS. Surgida em Cascavel a partir da demanda de bancários, hoje a APLER atua principalmente com trabalhadores de frigoríficos e se expandiu para Toledo e Marechal C. Rondon.
Nós assumimos o compromisso com a APLER de implementar uma política restritiva em relação ao uso de máquinas que causam acidentes de trabalho de maneira frequente. É o que aconteceu recentemente no estado de São Paulo quando, a partir da mobilização de diversos sindicatos e profissionais da saúde, algumas máquinas foram proibidas de serem utilizadas. Se aconteceu no estado de São Paulo, também pode acontecer no Paraná. Além disso, outras duas medidas são muito importantes: fortalecimento dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST’s) e a Escola de Saúde Pública.
Atualmente, a estrutura do SUS prevê funcionamento dos CEREST’s, que servem para fazer atendimento aos trabalhadores com doenças relacionadas ao seu trabalho. Infelizmente, há poucos desses centros no estado do Paraná, o que enfraquece a condição de vigilância e monitoramento na saúde do trabalhador. É preciso ter mais e melhores CEREST’s em nosso estado, incluindo cidades em que a população não é tão grande, mas que possuem grandes indústrias e/ou locais de trabalho com algo índice de acidente.
Na área da formação, é preciso fortalecer a Escola de Saúde Pública, inserindo cursos de pós-graduação na área de saúde do trabalhador em sua grade. Desta forma, os profissionais da área vão poder suprir uma ausência da maior parte dos cursos de graduação em saúde.
Esses compromissos, básicos, só podem ser cumpridos por alguém eleito a partir de uma campanha sem dinheiro do lobby das grandes empresas, dos banqueiros e dos latifundiários. E esse compromisso você já sabe que o PSOL também tem!