No dia de hoje, 10 de setembro, os vereadores de Curitiba adiaram por mais uma vez a votação sobre o uso de dinheiro público nas obras da Arena da Baixada (Estádio Joaquim Américo). Os militantes do PSOL e do PCB estiveram presentes na sessão da Câmara Municipal, junto com alguns movimentos sociais, pedindo um plebiscito para a decisão do tema e denunciando o uso de dinheiro público nas obras privadas para a Copa do Mundo.
O candidato a prefeito da Frente de Esquerda (PSOL/PCB), Bruno Meirinho, foi o único candidato a prefeito presente em tão importante votação. Logo no começo da sessão, foi convidado a se pronunciar e aproveitou o espaço de 5 minutos para falar a posição do PSOL acerca do tema potencial construtivo, Copa do Mundo e uso de dinheiro público para grandes obras privadas. Meirinho lembrou decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), através do ministro Eros Grau, considerando que dinheiro do potencial construtivo e de solo criado (dois mecanismos de planejamento urbano) é dinheiro público e pediu um plebiscito sobre o tema, baseado no artigo 109 da Lei Orgânica do município de Curitiba.
A presença da militância contrária ao uso de dinheiro público para obras privadas na Câmara Municipal irritou alguns vereadores da base do Prefeito Luciano Ducci, que parecem não gostar muito de mostrar seus posicionamentos para a população. Por outro lado, alguns vereadores da bancada “de oposição” pareciam da bancada de apoio ao Prefeito, pois reivindicaram a aprovação do projeto em discussão. No final, a sessão foi encerrada sem decisão sobre o tema. Nesta terça-feira, será avaliado o pedido de adiamento da votação, até que seja publicado parecer do Tribunal de Contas sobre o tema.
A sessão de hoje mostrou a importância de um vereador do PSOL para a democracia em Curitiba. Sem o PSOL, a Prefeitura “nada de braçada” numa Câmara com ampla maioria governista e com uma “oposição” que não mobiliza a população para apoiá-la em situações como essa.
