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13319832_1115963461779232_2458707649914606462_nOriginalmente publicado no Notícias Paraná

No dia 19 de julho, terça-feira, o projeto Samba do Compositor do Paranaense (SCP) realizará a sua 200ª roda de samba. Um marco importante, fruto da participação, insistência e resistência de muitas pessoas, compositores ou não, que ousaram começar o projeto há quase 7 anos atrás.

Assim como as demais rodas desde 2014, a roda nº200 será gratuita e acontecerá a partir das 20h00 no TUC, teatro localizado na galeria Julio Moreira, no Largo da Ordem, embaixo da travessa Nestor de Castro.

Foi muito difícil chegar até aqui. Nestes 7 anos, o SCP viu rodas que se esvaziaram e mudanças de local (foram pelo 5 sedes até hoje). Mas viveu, principalmente, sob o mito de uma Curitiba europeia e sem samba, mito muitas vezes reforçado pelo poder público local. Mas, ao contrário do que diz o mito, o SCP é hoje uma referência para compositores do Paraná e do Brasil, recebendo frequentemente visitas e inspirando outros projetos, como o Samba do Trilho, de Ponta Grossa.  

A ideia do SCP é ao mesmo tempo simples e ousada: semanalmente, compositores e sambistas de Curitiba se reúnem para apresentar e ouvir sambas dos quais são autores. Esta frequência gerou mais de 700 sambas, a maior parte deles registrados pelos áudios da roda, além de novas parcerias, novos compositores (que passaram a compor depois de participar das reuniões) e até cds gravados quase que exclusivamente com este repertório.

Acompanho o projeto desde que o projeto estava chegando na centésima roda, que aconteceu em setembro de 2013. De lá pra cá, tive a oportunidade de estar presente em cerca de 30 rodas. Tenho tranquilidade em afirmar que o projeto produz músicas de excelente qualidade. Naquela época, há pouco menos de 3 anos, o projeto ainda se reunia às segundas-feiras no Canal da Música, no bairro Mercês. Logo após, o SCP passou a ser realizado no TUC, o que fez aumentar o quórum dos encontros e facilitou a chegada de novos compositores.

A vinda para o centro da cidade também trouxe outra novidade: os cadernos bimestrais. Desde então, os melhores sambas de cada bimestre são reunidos em cadernos, que acabam gerando, no fim do ano, um anuário. Desta forma, o projeto conseguiu um reforço na sua política de memória.

Quando falamos em música autoral, sempre temos uma primeira dificuldade: numa primeira audição, tais músicas soam estranhas, especialmente em relação àquelas que estamos acostumados a ouvir nas rádios e Spotify’s da vida. Mas a vale a pena comparecer na roda e desconstruir esses pré-conceitos. Vale muito a pena!

A edição de 19 de julho, a 200ª, será um bom momento para quem quer se ambientar ao projeto, visto que nela serão cantadas escolhidas algumas das músicas mais marcantes do SCP, além das tradicionais músicas de abertura e encerramento, que são cantadas em todos os encontros.

Por fim, é preciso salientar ainda dois aspectos:

As roda são abertas e, além dos sambistas permanentes, sempre contam também com a presença de compositores eventuais, aqueles que vão poucas vezes e acabam não comparecendo novamente. Ou seja, é um espaço para quem quer chegar e apresentar sua música, sem compromisso. Entre os permanentes, há aqueles que apresentam sambas quase todas as semanas (como Leo Fé, Ivo Queiroz, Claudio Peba e Renato Lucce) e aqueles que sempre acompanham o projeto mas que nem sempre trazem sambas (como Ricardo Salmazo, Igor Alencastro, Elias Fernandes, Bruno Santos Lima, Osmar Silveira e Xandi da Cuíca). Além dos homens, o SCP sempre conta com a presença de compositoras, algo não tão comum no mundo do samba, com destaque para Janaína Queiroz, Rafaella Leonel, Bianca Amante e Bárbara Trelha.

E, sim, a ideia não é inédita. Há, em São Paulo, o Samba da  Vela e, no Rio de Janeiro, as escolas de samba contaram por muitos anos com Ala de Compositores que se reuniam com o mesmo propósito. Mas esse aspecto não desmerece o Samba do Compositor Paranaense. Muito pelo contrário, mostra o tamanho da responsabilidade e a força do projeto. Certamente, mais um motivo para você comparecer.


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