Hoje aconteceu evento de mobilização do movimento “Saúde +10”, que está lutando por 10% das receitas da União (governo federal) para a saúde pública brasileira. O evento foi chamado pelo governo do Estado do Paraná, pelo Conselho Estadual de Saúde e por outras entidades; o mesmo governo que gerencia de péssima maneira a saúde estadual, que a privatiza e terceiriza através das OS’s e que não aplica as 30h de jornada semanal para seus trabalhadores, estava no dia de hoje na mesa exigindo mais recursos pra saúde pública.
Apesar das contradições, o PSOL esteve presente no ato público, por entender que a luta por mais recursos públicos para a saúde pública é uma luta correta e justa, que teve origem nos sindicatos e nos movimentos de saúde e que se fortaleceu até impor esta luta para os segmentos “mais institucionais”. Bruno Meirinho, candidato a prefeito, foi o único “prefeiturável” presente, mostrando o compromisso do partido com uma saúde de qualidade e bem financiada. Estavam presentes também Sueli Fernandes, candidata a vice-prefeita e Bernardo Pilotto, candidato a vereador.
Mas a luta por uma saúde de qualidade e acesso universal não é só a luta por mais financiamento. É preciso haver condições de trabalho, com número adequado de profissionais e com a jornada de 30h semanais, conquista dos trabalhadores reconhecida até pela ONU. É isso que o SINDSAÚDE reivindicava no evento de hoje. Além disso, o dinheiro público da saúde não pode servir para privatizações e terceirizações ou compra de serviços, prática adotada pelos governos municipal, estadual e federal, através da EBSERH, Fundações Estatais, OS’s e OSCIP’s.
O governo estadual precisa ser coerente: exigir 10% do orçamento nacional e aplicar os 12% do Estado, sem maquiagem ou privatizações, com 30h para os trabalhadores. Se não for assim, voltamos ao velho ditado: pimenta no olho dos outros é refresco.
Nesta campanha, o PSOL convida a todos e todas para participarem da política para além do voto. Na saúde, isto é fundamental, através da ocupação dos Conselhos de controle social e também organizando trabalhadores, usuários e estudantes através dos Fóruns de saúde e da Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde.