“Quero ser vereador para continuar as lutas que já fazemos aqui na UFPR em outras esferas. Mas, para além de votar em mim, peço voto no PSOL, único partido que tem votado a favor do serviço público no Congresso Nacional”.
Nos últimos dois dias, repeti muitas vezes essas duas frases quando estive em campanha por alguns locais de trabalho da UFPR. Diferente de outros candidatos, que optam por omitir de qual partido e/ou coligação fazem parte, tenho orgulho de pedir voto também para o partido que faço parte. Como temos dito em nosso programa de TV, o PSOL é o partido que não desiste e não se vende. No Congresso Nacional, o PSOL esteve ao lado dos trabalhadores e dos movimentos sociais nas votações do Código Florestal, da EBSERH, Funpresp, Lei da Copa, punição ao trabalho escravo, MP da privatização dos Correios, entre outras votações importantes. Além disso, encabeça a luta pela democratização da mídia, pelo casamento civil igualitário e para que a CPI do Cachoeira não acabe em pizza.
Em Curitiba, nunca conseguimos eleger um vereador do PSOL. Como conseqüência disso, a oposição aos desmandos da Prefeitura quase não é vista. Em muitas votações, como na que destinou recursos públicos para as obras em estádio privado para a Copa do Mundo, a Prefeitura contou com apoio da bancada de oposição (PT/PMDB). Na votação que permitiu a terceirização do Hospital do Idoso (através de uma Fundação Estatal de Direito Privado) a bancada de oposição se dividiu.
O cenário das eleições para prefeito previsto pelas principais pesquisas eleitorais é tenebroso. Ganhe quem ganhar, a lógica de uma Prefeitura mantenedora da desigualdade social deve se manter. No dia 07 de outubro, podemos começar a mudar isso. É importante que, desde já, os trabalhadores, a juventude, as mulheres, os LGBT, surdos, deficientes, militantes da saúde, da educação, aqueles que não se iludem com as pesquisas eleitorais, possam mostrar sua indignação, votando em Bruno Meirinho para prefeito.
Na Câmara Municipal, as chances de criar uma semente de mudança e transformação em meio a um cenário geral de desilusão são maiores. É possível eleger um vereador do PSOL em Curitiba, que poderá fazer um mandato que vai ser diferente, assim como já faz no Congresso Nacional e em outros locais onde o partido elegeu parlamentares. Um vereador que mobilize a população para acompanhar os projetos de lei e que, desta maneira, mostre que não é apenas uma voz, que não é apenas 1, mas que representa a indignação de milhares de pessoas.
Por conta das coligações feitas para estas eleições, muitos candidatos que tem uma trajetória de luta estão em coligações com políticos e partidos conservadores e que aprovaram projetos de lei contrários aos interesses da maioria da população de Curitiba (para entender como é o cálculo para eleger um vereador, clique aqui). Se você não quer eleger vereadores que votaram pela hereditariedade das licenças de táxi, contra a data-base dos servidores municipais ou a favor do dinheiro público para as obras da Arena da Baixada, seu voto no dia 07 de outubro é para o PSOL, é no número 50, seja na legenda ou em algum candidato do partido.
Estou torcendo por você aqui em Tamandaré. Gostei do teu artigo.